Por que o biomédico deve atuar como ozonioterapeuta?

Escrito por
Laís Bianquini
Redatora e Jornalista Cientifíca

Jornalista há 10 anos, formada pela Unesp, com MBA em Marketing pela USP e especialização em SEO, escreve sobre Saúde Estética com clareza e precisão.

February 3, 2022

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Índice

Apesar de ter caráter experimental, a ozonioterapia tem se tornado cada vez mais popular no Brasil. Mas, afinal, o que é a ozonioterapia e qual o papel do ozonioterapeuta? Para responder isso temos que explicar tudo desde o início.

O tratamento mistura dois gases comuns, sendo 95% de oxigênio e 5% de ozônio, que são postos em um aparelho conhecido como gerador de ozônio medicinal. Esse aparelho vai criar uma carga elétrica de 15 mil volts, que é encaminhada para uma molécula de puro oxigênio medicinal. Em seguida, esse oxigênio se transforma em ozônio medicinal.

A aplicação, no entanto, não é tão difícil quanto pode parecer, visto que o equipamento é responsável por todo o procedimento de aplicação.

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O biomédico ozonioterapeuta

Esse tipo de procedimento deve ser realizado por profissionais da Saúde que sejam capacitados.

No caso dos biomédicos, o Cofen - Conselho Federal de biomedicina, reconheceu a ozonioterapia como uma terapia complementar a qual os profissionais de biomedicina podem realizar desde que sejam capacitados para a prática.

Segundo o Parecer Normativo n° 001 de 2020, é recomendável que o profissional faça cursos com carga horária de, no mínimo, 120 horas.

O mercado é considerado promissor e a tendência é que, com a autorização do Conselho, os biomédicos possam se beneficiar com a possibilidade de ampliar o seu segmento de atuação e ingressar na área.

Procedimentos que podem ser feitos com a ozonioterapia

A ozonioterapia atua aumentando a quantidade de oxigênio nos tecidos e suspendendo processos que não são saudáveis ao corpo como, por exemplo, bactérias patogênicas que estejam se proliferando ou impedindo processos oxidativos. São inúmeros os problemas de saúde que podem ser combatidos com a técnica:

Problemas respiratórios

Como promove a entrada de maior quantidade de oxigênio tanto no sangue quanto nos tecidos corporais, a ozonioterapia pode ser usada para ajudar no tratamento de problemas respiratórios como bronquite ou asma, por exemplo. Isso porque a técnica alivia sintomas como a falta de ar, visto que reduz o estresse nos pulmões.

Pessoas com o sistema imunológico debilitado podem encontrar auxílio no tratamento de ozonioterapia, visto que ela ajuda no tratamento de doenças autoimunes como a esclerose múltipla, miastenia gravis ou artrite reumatoide.

Isso ocorre pois o ozônio aprimora a circulação sanguínea, reduz os danos causados pelos radicais livres às células e ativa as enzimas antioxidantes. Em decorrência disso, o procedimento reforça e estimula o sistema imunológico, de modo a melhorar a sinalização entre as células durante o processo de desencadeamento das respostas imunes, o que resulta no tratamento de doenças autoimunes.

HIV

Alguns estudos mostram que, ao ser feita através da auto-hemotransfusão, a ozonioterapia pode ajudar na diminuição da carga viral em pessoas portadoras do vírus HIV, melhorando sua qualidade de vida a longo prazo.

Isso se daria por conta da ação antimicrobiana do ozônio, ajudando a melhorar a ação do sistema imunológico. Contudo, a ozonioterapia, nesse caso, serve para auxiliar no tratamento e não para tratar ou curar a infecção causada pelo vírus.

Câncer

Ainda de acordo com os estudos, o procedimento poderia auxiliar no tratamento de câncer já que reduz os efeitos colaterais causados pela radioterapia e quimioterapia como mucosite, vômitos, náuseas, queda de cabelo, cansaço excessivo, entre outros. Dessa forma, o paciente tem uma melhora em seu bem-estar físico e mental.

Infecções

O procedimento também é recomendado para tratar de feridas e doenças infecciosas que sejam causadas por bactérias, fungos, vírus ou parasitas, pois o ozônio é capaz de impedir o crescimento celular e estimular a ativação do sistema imunológico visando combater infecções.

Diabetes

Pacientes que tenham risco de complicações oriundas da diabetes podem realizar o procedimento de ozonioterapia, uma vez que ele possui ação antioxidante e reduz o estresse oxidativo presente no corpo. Além disso, melhora a circulação sanguínea, reduz a inflamação nos tecidos e impulsiona o sistema imunológico.

Doenças osteomusculares

Pacientes diagnosticados com doenças osteomusculares como bursite, síndrome do túnel do carpo, osteoartrite, distúrbio da articulação temporomandibular ou hérnia de disco, podem se submeter ao procedimento com ozônio, uma vez que ele tem ação anti-inflamatória, antioxidante e analgésica.

Não obstante, proporciona a melhora da circulação sanguínea tanto nos ossos quanto nas cartilagens, o que reduz a dor crônica causada pelo desgaste ou inflamação das articulações.

Estética

Na estética, o ozônio é eficaz, pois não apresenta riscos e não causa nenhum efeito alérgico. Não obstante, o corpo humano o utiliza para fazer a manutenção de algumas funções orgânicas como, por exemplo, no sistema imunológico.

A ozonioterapia é indicada para todos aqueles que têm o desejo de: tratar a acne e a queda dos cabelos; diminuir a flacidez da pele; diminuir a papada; rejuvenescer a pele; reduzir as manchas na pele; reduzir as marcas da idade ou tratar estrias, celulites e gorduras localizadas.

Como é feito o procedimento?

O tratamento pode ser feito de diversas maneiras:

Auto-hemotransfusão

Essa técnica consiste, basicamente, na retirada de uma quantidade de sangue do paciente. A amostra é misturada com ozônio e, em seguida, é administrada novamente via intravenosa no paciente.

Injeção de ozônio

A aplicação desse tratamento também pode ser feita via intravenosa na veia, por via intramuscular ou entre os discos vertebrais.

Aplicação cutânea

Outro método é a aplicação do gás diretamente na pele para tratar feridas que possam ser causadas como, por exemplo, úlceras diabéticas.

Insuflação retal

Essa técnica é feita com o uso de um dispositivo para soprar o oxigênio e o ozônio por meio de um catéter no intestino. Contudo, pode ser feito em outras cavidades como a vagina, a boca ou o nariz.

Banho de gás

Esse procedimento, por sua vez, é feito ao colocar uma pessoa dentro de uma câmara de gás de ozônio para que ela faça a inalação em pequenas doses e por um curto período de tempo.

A consulta inicial com um biomédico esteta especializado custa entre R$ 90,00 e R$ 150,00. O tratamento, por sua vez, tem um custo um pouco mais elevado: Um pacote com 20 sessões custa, em média, R$ 5.500,00. Apesar disso, é importante lembrar que os valores mudam conforme a necessidade de cada paciente.

O que achou dos tratamentos feitos com a ozonioterapia? Conte aqui nos comentários!

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