

Jornalista há 10 anos, formada pela Unesp, com MBA em Marketing pela USP e especialização em SEO, escreve sobre Saúde Estética com clareza e precisão.
July 24, 2024
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Celebridades como Kim Kardashian e Jennifer Aniston trouxeram à tona uma tendência inusitada no mundo da estética: o uso de sêmen de salmão em procedimentos estéticos. Apesar do nome pouco convidativo, a substância utilizada nestes procedimentos, chamada de PDRN (polidesoxirribonucleotídeo) carrega certa base científica e potencial para o rejuvenescimento da pele.
É importante ressaltar que o PDRN não é sêmen de salmão puro. Ele é extraído das células reprodutivas do salmão chum ou truta salmonada, mas passa por um rigoroso processo de filtragem, purificação e esterilização. O produto final é um "gel" contendo fragmentos de DNA compatíveis com o DNA humano, o que minimiza o risco de reações imunológicas.
O PDRN difere de polinucleotídeos comuns, pois contém principalmente DNA fragmentado, oferecendo potencialmente maior suporte estrutural e durabilidade.
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O mecanismo de ação do PDRN ainda está sendo pesquisado, mas pesquisas sugerem que ele pode influenciar a pele de diferentes formas, entre elas:

Pesquisas publicadas na revista Pharmaceuticals em 2021 sugerem que a substância contribui para a cicatrização de feridas na pele humana e diminui a inflamação. A técnica já é popular há anos na Coreia do Sul.
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Um estudo publicado em 2010 no International Journal of Cosmetic Science mostrou que o DNA presente no sêmen de salmão (precursor do PDRN) aumentou a elasticidade da pele, a produção de colágeno e de ácido hialurônico, quando comparado a um grupo de controle. Outro estudo, de 2017, observou que o DNA derivado do sêmen de salmão auxiliou no reparo de danos celulares e diminuiu a inflamação, sugerindo uso potencial em filtros solares e hidratantes.
As informações são do portal de notícias Salon.
O tratamento com PDRN é realizado por meio de técnicas de drug delivery, isto é, associando procedimentos como laser ou microagulhamento para aumentar a absorção da substância pela pele. Também é possível injetar a substância.
No Brasil, contudo, sua utilização ainda não foi regulamentada pela Anvisa, o que significa que o uso do PDRN no país está em uma zona cinzenta, sem diretrizes claras sobre sua aplicação, comercialização e acompanhamento de possíveis efeitos adversos.
Apesar dos potenciais benefícios, é importante ressaltar que o PDRN é um produto relativamente novo na estética facial. Mais estudos clínicos são necessários para avaliar sua segurança e eficácia a longo prazo.
Alguns efeitos colaterais leves, como vermelhidão, inchaço e sensibilidade no local da aplicação, podem ocorrer após o procedimento. Reações alérgicas são raras, mas não descartadas.
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