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Sheila Mello processa médico após complicações envolvendo aplicação de hidrogel

O caso de Sheila Mello expõe irresponsabilidade médica e os perigos da aplicação de hidrogel.

Em 2014, a ex-dançarina do É o Tchan, Sheila Mello, submeteu-se a um procedimento estético com o objetivo de aumentar o volume de seus glúteos. A técnica escolhida foi a aplicação de hidrogel, uma substância que, na época, era popular por prometer resultados rápidos e a um custo relativamente baixo.

No entanto, o que era para ser um procedimento de rotina transformou-se em um pesadelo para Sheila. A substância não foi absorvida pelo organismo, como prometido pelo médico, causando deformidades nos glúteos e uma série de complicações de saúde. A dançarina relatou fortes dores, infecções e a necessidade de realizar múltiplas cirurgias para corrigir os danos causados pelo procedimento.

Diante das sequelas físicas e emocionais, Sheila Mello decidiu ingressar com uma ação judicial contra o médico responsável em 2021. Na ação, a artista solicita uma indenização no valor de R$ 2 milhões, a título de reparação pelos danos morais, materiais e pela perda temporária da capacidade de trabalho.

A importância de escolher um especialista responsável

O caso de Sheila Mello serve como um alerta para a importância de escolher um especialista responsável para realizar procedimentos estéticos.

Além disso, é essencial que o paciente seja informado sobre os riscos e benefícios de cada procedimento, bem como sobre as possíveis complicações. O consentimento deve ser obtido de forma clara e objetiva, garantindo que o paciente compreenda os termos do tratamento.

Saiba mais sobre a aplicação de hidrogel 

O hidrogel, composto por poliamida e água, foi amplamente utilizado em procedimentos estéticos com o intuito de aumentar o volume de regiões como glúteos, coxas e rosto. No entanto, a falta de aprovação da Anvisa e as diversas complicações relatadas, como migração da substância para outras regiões e infecções, levaram à sua suspensão.

A escolha por um preenchedor deve ser feita de forma criteriosa, levando em consideração as características individuais de cada paciente, as indicações e contra indicações de cada substância, e as possíveis complicações.

O ácido hialurônico, por exemplo, é um preenchedor reabsorvível amplamente utilizado e com menor risco de complicações quando comparado ao hidrogel.

Sheila Mello processa médico após complicações envolvendo aplicação de hidrogel

A utilização de bioestimuladores de colágeno nos glúteos também tem sido uma escolha bastante utilizada, e com excelentes resultados. Apesar de não ser propriamente preenchedora, a bioestimulação de colágeno melhora muito o aspecto da região da aplicação, combatendo flacidez e contribuindo para contornos mais harmônicos.

Complicações Associadas ao Hidrogel

As complicações relatadas por Sheila Mello, como deformação dos glúteos, infecções e a necessidade de múltiplas cirurgias, são exemplos dos riscos associados ao uso do hidrogel. Além disso, a literatura médica descreve outras possíveis complicações, como:

  • Migração: A substância pode migrar para outras regiões do corpo, causando deformidades e assimetrias.
  • Reações inflamatórias: O hidrogel pode desencadear reações inflamatórias intensas, levando a vermelhidão, inchaço e dor.
  • Infecções: A contaminação durante o procedimento ou a formação de abscessos são riscos associados à aplicação de qualquer substância injetável.
  • Necrose: Em casos mais graves, a necrose tecidual pode ocorrer, exigindo intervenção cirúrgica.

A Importância da Avaliação Pré-procedimento

A avaliação pré-procedimento é fundamental para identificar os pacientes que apresentam maior risco de complicações e para escolher o tratamento mais adequado. É essencial que o profissional da saúde realize uma anamnese completa, um exame físico detalhado e solicite os exames complementares necessários.

Kéfera Buchmann mostra resultados de Bioestimulador de colágeno para os glúteos

Além disso, é importante que o paciente seja informado sobre os riscos e benefícios do procedimento, bem como sobre as alternativas disponíveis. O consentimento informado deve ser obtido de forma clara e objetiva, garantindo que o paciente compreenda os termos do tratamento.

O caso de Sheila Mello levanta questões importantes sobre a irresponsabilidade médica. É fundamental que os profissionais da saúde atuem de forma ética e responsável, priorizando sempre a segurança do paciente. A escolha por utilizar substâncias não aprovadas pela Anvisa e a realização de procedimentos fora das indicações são condutas que podem gerar complicações e consequências legais.

Foto em destaque – Reprodução: Instagram sheilamello.

Leda Trevizoni
Editorial
Graduada em Comunicação Social com Habilitação Publicidade e Propaganda, Leda é uma das redatoras do time de marketing Nepuga | Fapuga. Escreve também para os blogs parceiros Biomedicina Estética, Enfermagem Estética, Farmácia Estética e Odontologia Estética.
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