De Londrina (PR) para a Europa – Conheça a história dessa Biomédica Esteta
Phamela Priscila Bezerra é uma biomédica esteta que nasceu em Londrina (PR), foi para Cuiabá (MT) e se tornou referência na estética em Dublin, na Irlanda. Essa é uma daquelas histórias que falam sobre vencer desafios e ultrapassar barreiras geográficas. Você vai se surpreender!
Nesse texto você vai conhecer toda a trajetória da Phamela. Hoje, ela possui 10 anos de experiência na estética, sendo empreendedora na Europa, com a Bellavish Aesthetic Clinic. Para chegar até a Ilha Esmeralda, como a Irlanda é conhecida, teve uma longa jornada.
Índice
O sonho de viajar para o exterior
Desde o começo, quando conheceu o futuro esposo, a Phamela sabia que o seu futuro se desenharia para uma mudança para o exterior. Ele é piloto e tinha o desejo de aperfeiçoar o idioma inglês para conquistar o seu espaço profissional no mercado de trabalho.
Então, em janeiro de 2015, ela começou a projetar a vida do casal em outro país, pesquisando sobre os lugares. “Deus fala comigo através de sonhos e eu sei quando é realmente algo Dele. E perguntei: Senhor para onde vamos?”.
A primeira ideia do casal foi a de ir para o Canadá ou para a Austrália, que estão entre os destinos mais indicados para brasileiros que estão focados em intercâmbios de idiomas. Mas, um dia pensaram em Dublin, que fica na Irlanda.
Em um primeiro momento, ela conta que mal se lembrava de onde ficava esse país e precisou fazer algum esforço para se lembrar das aulas de Geografia. A Irlanda é uma ilha que fica perto da Inglaterra e do País de Gales, ambos no Reino Unido.
E a decisão final veio durante um dia que a biomédica esteta estava na igreja. Lá, um Pastor disse sobre a necessidade de ela acompanhar o marido na viagem. Inclusive, mencionou alguns textos da Bíblia, como o Livro de Rute.
“[…] para onde quer que tu fores, irei eu; e onde quer que tu pousares, pousarei eu. O teu povo será o meu povo e o teu Deus, o meu Deus. Onde quer que tu morreres, morrerei eu e ali serei sepultada” – Rute 1:16-17.
A viagem para Dublin, na Irlanda
O passo seguinte, após a escolha do país-destino, foi pesquisar os vistos de estudantes e emitir os passaportes obrigatórios para a viagem. A boa notícia é que o marido tinha direito à cidadania italiana e como Cidadão Europeu, a entrada no continente seria bem mais fácil.
A mudança para a Irlanda aconteceu em agosto daquele mesmo ano, em 2015. Nessa hora, os maiores desafios foram: a hospedagem, o novo idioma e a distância da família e dos amigos. Mas, eles superaram.
Por exemplo, mesmo sem falar o idioma local, eles se hospedaram na casa de uma secretária de uma Escola de Inglês. Essa foi a melhor ideia porque por serem estudantes, conseguir uma casa para morar seria complicado.
Durante os primeiros 15 dias, a Phamela e o esposo ousaram de todas as formas até que conseguiram alugar uma sala para prestar o seu atendimento. E aqui entra um detalhe importante: ela ainda não podia atuar como biomédica esteta.
A biomédica conta que em Dublin não existia a Biomedicina Estética. Por isso, ela teve que passar por cursos de qualificação estrangeira para comparar a grade brasileira com a da União Europeia e, assim, poder atuar na profissão.
Por isso, o começo foi como designer de sobrancelhas. Afinal, ela ainda não tinha os certificados exigidos no país para atuar na sua área de formação. E seria necessário passar por um processo de revalidação de diplomas para atuar com a biomedicina.
O início da vida profissional na Europa
Como micropigmentadora autônoma, ela conseguiu pagar o primeiro mês de aluguel. Em seguida, ela fez uma especialização na Phibrows Royal Artist que fica na Suíça, o que aconteceu em 2016. A partir daí, o instinto empreendedor dela começou a aparecer.
“Era tudo novo. Eu não sabia como qualificar os certificados que eu já tinha. Por isso, optei por começar com sobrancelhas e gostei”. No ano seguinte, que era 2017, se qualificou ainda mais e abriu a Bellavish, oferecendo mais serviços, a partir de uma sala maior.
Ela conta que foi nesse momento que iniciou os projetos de Deus. A partir da parceria com médico (Dr. Alberto Embalo) e uma fisioterapeuta (Renata de Miranda), ela passou a oferecer:
- Tratamento com harmonização facial
- Aplicação com Toxina Butolínica tipo A
- Tratamento para manchas, cicatrizes, acne,
- Rejuvenescimento facial
- Microblading
- Fios de PDO
- Jato de Plasma
- Mesoterapia
Atualmente, diz que a sua atuação está mais focada na Harmonização Facial e em uma Técnica de Preenchimento com Ácido Hialurônico. “Não é um procedimento cirúrgico. É tranquilo e pode ser associado a bioestimulador de colágeno. O resultado é incrível”.
No entanto, nos anos seguintes ela receberia um verdadeiro banho de água fria.
O reconhecimento da biomédica esteta
Em 2019, uma Revista de Londres fez uma matéria contando a história da biomédica esteta. E nos anos seguintes, muitos brasileiros denunciaram o trabalho da Phamela.
Eles acreditavam, injustamente, que ela agia de forma ilegal, já que naquele país não existia o segmento de atuação da Biomedicina Estética, especialmente na harmonização. “Com as denúncias e a possibilidade de fechamento da clínica, eu levei um grande susto”.
No entanto, em 2021, após uma auditoria, ela ganhou forças e se tornou referência em Dublin. Foi premiada como Empresa Destaque Líder em Medicina Estética na Irlanda. “Eu fui reconhecida e premiada com o credenciamento AIBF.IE (All – Ireland Business Foundation).
“Esse reconhecimento é muito importante para mim porque determina que minha empresa se destaca na área de atuação, se tornando de confiança e competência para os pacientes. É uma motivação a mais para que eu busque o melhor”.
Com o prêmio, ela foi mencionada na Revista Irlandesa RSVP, que é da área de moda e estética. A partir disso, a revista começou a divulgar o trabalho das Clínicas de Estética na Irlanda, a partir do pioneirismo da Phamela Bezerra.
Recentemente, ela também se tornou professora e monitora de aulas práticas no Curso de Mestrado de Harmonização Orofacial do Instituto European Face & Body. Além de ser coordenadora internacional do Instituto em Porto (Portugal).
O pioneirismo na Irlanda
Para quem tem curiosidades sobre o mercado de trabalho de biomédicos estetas na Europa, saiba que esse é um assunto novo. Inclusive, a Phamela foi pioneira ao levar essa especialização para o Velho Continente.
“Na época que eu tive que qualificar os meus certificados, eu era a única biomédica a atuar na estética aqui na Europa. Eles não conheciam essa possibilidade. A Biomedicina Estética existe só no Brasil. Para eles, foi tudo novo”.
Para conseguir a qualificação foi preciso que a grade curricular dos procedimentos que a Phamela sabia fazer fosse correlacionada com a Medicina Estética. O prêmio que ela tem, o All Star Business, diz: “Especialista em Biomedicina Estética líder em Medicina Estética”.
“Os cursos que eu tive que fazer aqui, que são os mesmos do Brasil como Toxina Botulínica e preenchimentos, foram feitos junto com os próprios médicos para que eu tivesse a minha qualificação. Eu fui a primeira”.
Vale a pena trabalhar com estética na Europa?
“Você pode encontrar muitas derrotas, mas você não pode se deixar derrotar”. Para a biomédica esteta, 90% do sucesso vem da persistência. Ela afirma que nunca é tarde para sonhar e diz que a sua história é uma prova disso.
“Quando eu vim para a Europa, não havia planejado nada. Eu simplesmente queria viver o sonho do meu esposo. A partir do momento que eu comecei a trabalhar aqui, vieram os meus sonhos, que se tornaram realidade mais tarde”.
A dedicação e a luta para vencer desafios são outras dicas dela.
“O que digo para as pessoas é que uma coisa que me fez vencer foi a ousadia e não ter medo de enfrentar os desafios, pesquisar, estudar e ir atrás dos meus objetivos. Ouvi a palavra ‘não’ várias vezes e tive que comprovar a minha capacidade”.
Com relação aos lucros, a biomédica diz que existem variáveis, sempre mais vantajosas do que trabalhar em laboratório. Por exemplo, no Brasil, ela trabalhou em franquias em São Paulo (SP) e em Cuiabá (MT). O rendimento vinha de salários e comissões. Na Irlanda, ela é empreendedora. “Em cada mês, o faturamento é diferente”.
Ela explica que em Dublin o pagamento de funcionários pode acontecer de duas formas. Uma com o comissionamento pago para autônomos registrados. A outra é o caso do assalariado, onde o biomédico recebe por salário mínimo, que hoje é 10,50 euros a hora de trabalho.
Para saber mais
Para quem quiser saber mais, a Bellavish Aesthetic Clinic fica em Dublin. Os principais contatos são: telefone (+353-89-607-6938), e-mail (bellavishclinic@gmail.com) e o Instagram (@bellavishclinic).
Outra história de sucesso é da Laís Mascarenhas. Ela abriu uma clínica em uma mansão lá em Belo Horizonte (MG). Leia!
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