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Mídia e CFM se aproveitam de polêmicas envolvendo peeling de fenol a fim de descredibilizar estetas

Morte após procedimento estético utilizando fenol (ácido carbólico) gera debate sobre as competências legais de cada profissional da saúde.
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Laís Bianquini
01 julho, 2024

Não é de hoje que a mídia hegemônica insiste em valer-se de credibilidade seletiva sobre a legalidade de alguns procedimentos estéticos. Mas, com a atenção pública se voltando para o recente caso de óbito envolvendo a realização de peeling de fenol, veículos de comunicação têm se aproveitado do hype acerca deste procedimento a fim de espalhar desinformação, e com isso sustentar a “autoridade” médica no campo da estética.

O recente falecimento de Henrique Silva Chagas (27) gerou comoção pública e, com ela, muito interesse por entender quais profissionais podem, de fato, realizar procedimentos estéticos. Logo após a divulgação da morte do empresário, atribuída à realização de peeling de fenol, se sucederam inúmeras notícias infundadas, afirmando que cabe apenas aos médicos realizarem o procedimento.

A justificativa continua sendo baseada em suposto respaldo conferido pela Lei do Ato Médico – LEI Nº 12.842, DE 10 DE JULHO DE 2013. Sobretudo, no que concerne aos procedimentos estéticos invasivos.

Consta na lei a exclusividade médica na realização de procedimentos estéticos invasivos, definidos no texto como sendo atividades que invadem os orifícios naturais do corpo, atingindo órgãos internos. Utiliza-se então de interpretações errôneas do que seriam procedimentos invasivos para descredibilizar demais profissionais da saúde e a atuação destes em diferentes procedimentos estéticos.

O pretexto utilizado pelo conselho médico e pela mídia acabam por confundir e espalhar desinformação, ainda que a atuação de biomédicos, enfermeiros, farmacêuticos, fisioterapeutas, cirurgiões-dentistas e biólogos tenha respaldo de seus respectivos conselhos profissionais e esteja mudando a carreira de muitos profissionais em todo o Brasil e favorecendo o acesso da população à saúde e bem-estar.

No caso em destaque, que resultou em óbito, a responsável pelo procedimento sequer é graduada em qualquer área da saúde, o que invalida qualquer argumentação com a pretensão de descredibilizar profissionais especializados em estética.

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Procedimentos injetáveis estão entre os que a classe médica tenta afirmar com frequência como procedimentos invasivos.

As diferentes formações e classes profissionais hoje respaldadas pelos seus conselhos lutaram muito para comprovar suas competências e seguem reiterando o valor do próprio trabalho.

Enquanto houver proteção irrestrita dos interesses médicos, a população se encontra submetida a uma classe cuja formação é muito mais generalista se comparada às especialidades em estética, as quais realmente se dedicam ao desenvolvimento de habilidades e olhar clínico direcionado a cada um dos pacientes e procedimentos demandados.

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Laís Bianquini
Editorial
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Graduada em Comunicação Social com Habilitação Publicidade e Propaganda, Leda é uma das redatoras do time de marketing Nepuga | Fapuga. Escreve também para os blogs parceiros Biomedicina Estética, Enfermagem Estética, Farmácia Estética e Odontologia Estética.
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