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Biomédica acusada de homicídio doloso já passava por processo de lesão corporal

Caso de biomédica acusada de homicídio ganhou atenção essa semana, correm também outras acusações em seu nome. Leia até o fim para saber detalhes sobre o caso.

Nesta terça-feira (9), uma biomédica de 33 anos foi presa por suspeita de dolo em um quadro que pode ter resultado na morte de uma paciente. O fato que tornou a biomédica acusada de homicídio: no dia anterior, uma paciente foi a sua clínica realizar um procedimento divulgado pela biomédica como “Lipo Laser Sem Intervenção Cirúrgica”, a profissional responsável é também dona da clínica, que, enquanto biomédica especialista em estética, não possui permissão para a realização de procedimentos invasivos.

Além da biomédica, uma técnica de enfermagem que faz parte da equipe também foi detida. E a clínica, localizada em Divinópolis (MG), foi interditada pela vigilância sanitária.

Durante a realização do procedimento, a paciente foi socorrida pelo Samu e, após passar por uma parada cardiorrespiratória e ser reanimada, a mulher de 46 anos foi internada e entubada, mas não resistiu. 

Apesar de divulgar o procedimento como não cirúrgico, a suspeita que está em investigação é de que o método pode ser considerado invasivo, ainda que a clínica não tivesse a estrutura nem a autorização necessária para realizar internações e cirurgias.

Nas redes sociais, a profissional mostra os resultados do procedimento realizado em outros pacientes anteriormente. Além das fotos, algumas legendas sugerem que os resultados são fruto de muito estudo para o desenvolvimento de um protocolo exclusivo e seguro.

Mas esse histórico que aparenta ser bem-sucedido esconde ainda outras 6 denúncias contra a biomédica. Entre elas, um processo de lesão corporal grave, devido a uma intercorrência que não teve a devida assistência dentro da clínica.

Além desse histórico, há meses outros pacientes deixam avaliações negativas nas redes a respeito da biomédica acusada de homicídio e sua clínica, afirmando que foram mal atendidos e que a profissional realiza “propaganda enganosa”.

Os procedimentos permitidos dentro da Biomedicina Estética

O caso e a profissional não representam a realidade dos biomédicos que atuam na estética, capacitados e habilitados segundo critérios pautados na legislação, nas resoluções e fiscalização dos conselhos regionais e federal de biomedicina.

Intercorrências podem acontecer com qualquer profissional da saúde, mas o profissional responsável deve ter os meios e as competências para prestar os socorros possíveis caso isto ocorra. Contudo, é inadmissível a realização de atividades não contempladas na própria formação.

Biomédica acusada de homicídio

Há diversos procedimentos que biomédicos podem realizar quando um paciente chega a seu consultório se queixando de gordura localizada na região abdominal. Nenhum desses procedimentos é, porém, de caráter invasivo.

Estão entre os procedimentos que biomédicos podem realizar para este tipo demanda: a radiofrequência estética, a intradermoterapia, o ultrassom macrofocado, carboxiterapia e a criolipólise, todos tratamentos minimamente invasivos, feitos mediante utilização de injetáveis, ultra sons ou lasers (todos eles, incluindo este último, de maneira minimamente invasiva).

O alerta para os pacientes de procedimentos estéticos

Diante de uma situação como esta, é importante ressaltar alguns cuidados imprescindíveis na hora de procurar um profissional para realizar procedimentos estéticos de maneira segura.

As redes sociais podem ser ferramentas valiosas para se proteger de profissionais que praticam condutas irregulares. Através de comentários e avaliações de pacientes, podemos ter uma noção real de como foi a experiência de outras pessoas. Ainda virtualmente, é possível checar portais como o JusBrasil, a fim de pesquisar por eventuais infrações e processos que possam estar correndo no nome do profissional.

Além de informações sobre o profissional, há também muitos conteúdos sobre a área da estética internet afora. Conhecer as possibilidades, riscos e legislações a respeito de procedimentos e práticas torna o paciente muito mais consciente para avaliar se o especialista diante de si oferece segurança ou não.

Mas a quantidade de informação traz com ela a disseminação de ideias que não encontram fundamento na realidade. Por isso, é mais importante ainda se atentar para a transparência dos profissionais e procurar se informar através de órgãos competentes.

No caso aqui tratado, a paciente foi vítima das circunstâncias, e não deve ser culpada pelas condutas errôneas praticadas pela profissional em que confiou. Esta tragédia deve causar ações para evitar que novos pacientes sejam afetados, e evitar também que a competência dos profissionais de uma classe seja colocada sob questionamento indevido.

Leda Trevizoni
Editorial
Graduada em Comunicação Social com Habilitação Publicidade e Propaganda, Leda é uma das redatoras do time de marketing Nepuga | Fapuga. Escreve também para os blogs parceiros Biomedicina Estética, Enfermagem Estética, Farmácia Estética e Odontologia Estética.
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